Descrição
Abundância, resistência, esperança. As três palavras definem ‘Baía de Guanabara: passado, presente, futuros’, disseca a enseada mais famosa do Brasil. Apesar dos ataques seculares a seus ecossistemas, que se intensificaram após a chegada da família real portuguesa no século 19, ela segue em frente abrigando espécies em extinção em meio a toneladas de esgoto despejadas diariamente pelos municípios de seu entorno – o Rio de Janeiro inclusive. Mas resiliência tem limites e os serviços ambientais providos pela Baía estão atingindo o ponto de esgotamento.
“A partir da década de 1950 o limite da capacidade de digestão da carga poluidora dos 15 municípios que compõem a bacia drenante foi ultrapassado”, revela o oceanógrafo David Zee.
O livro que ora publicamos parte da premissa de que a Baía de Guanabara pode ter futuros diametralmente opostos: se nada for feito, ela chegará a 2050 como um espaço sem vida. Mas, embora os prognósticos sejam os piores em função da desorganização urbana e do inevitável aquecimento global, que elevará o nível dos oceanos empurrando moradores da faixa litorânea para o interior, pode haver luz no fim do túnel.
“Um futuro com uma Baía de Guanabara recuperada e totalmente integrada à cidade e às áreas naturais remanescentes é o que todos queremos para o benefício das pessoas, de todas as espécies e do planeta. E isso não é impossível”, destaca o biólogo e geógrafo Rodrigo Medeiros.
Dezesseis especialistas de áreas como história, geografia, ecologia e oceanografia se reuniram para avaliar as condições passadas, presentes e futuras desse belo corpo d’água e oferecer soluções para que ele tenha, em 2050, esse futuro que todos nós almejamos: águas limpas, ecossistemas saudáveis, biodiversidade protegida, uso sustentável dos seus recursos.
Avaliações
Não há avaliações ainda.