Descrição
Mata densa e áreas de igarapés transformam montanhas com quase três mil metros de altitude em ilhas territoriais. Na porção de terra entre Brasil, Guiana e Venezuela, no extremo norte da Amazônia, há um laboratório vivo que foi o foco da atenção de uma equipe de pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
De avião, helicóptero, barco, voadeira e a pé, foram realizadas cinco expedições, patrocinadas pela Natura, às Serras do Caburaí, Grande, do Aracá e da Mocidade e ao Pico da Neblina, na qual se coletaram quatro mil amostras de plantas, incluindo oito registros inéditos para a ciência, além de 52 duas espécies encontradas pela primeira vez em solo brasileiro.
O objetivo dos seis pesquisadores – Marcus Nadruz Coelho, Rafaela Forzza, Gustavo Martinelli, Denise Pinheiro da Costa e Miguel Avila de Moraes – era catalogar a biodiversidade em montanhas conhecidas como “tepuis”, cujos picos isolados propiciam o desenvolvimento de espécies únicas.
O livro “Expedições às montanhas da Amazônia”, relata a complexa logística que levou a equipe a pontos de difícil acesso, com a missão de coletar e conservar espécimes de planta para que fossem disponibilizados para toda a comunidade científica. Os pesquisadores enfrentaram duras condições, como o isolamento, as noites em barracas de acampamento, os trechos alagados, a mata fechada, os mosquitos, o calor , levando cerca de 200kg de equipamentos por participante. O principal deles era a estufa que permite manter as características de cada espécime para estudos posteriores.
O fotógrafo Ricardo Azoury integrou a equipe e registrou o passo a passo das expedições em imagens de grande riqueza plástica, que documentam tanto os aspectos práticos quanto a incrível beleza e variedade das plantas e das paisagens intocadas.
Entrevistas e produção de texto: Rosa Amanda Strausz
Designer: Ligia Melges
Patrocínio Natura
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